O abismo do mundial de clubes da FIFA

Não é de hoje que a diferença entre o futebol europeu e o restante do mundo, permaneceu claro, em níveis de conceitos aplicados em seus jogos, variações táticas, a qualidade humana, com quase todos os jogadores do clube estar defendendo a seleção. Ainda mais a estrutura somada com o poder financeiro, por temporada clubes europeus chagam a gastar dezenas de milhões de euros com a folha salarial . Que de fato são propostas irrecusáveis. Acrescido a contratações de peso, com valores exorbitantes, para se ter uma ideia, as transferências de inverno e verão chegam a movimentar facilmente a casa dos 100 milhões de euros, segundo dados do transfermarkt.

Seguindo o histórico das últimas contratações do mercado europeu, considerando as três maiores aquisições, somando um investimento em torno de € 500 milhões de euros, em apenas três jogadores respectivamente, Neymar, Mbappé e Coutinho. Enquanto no Brasil os valores são bem inferiores, comparado a esse montante
gasto pelos Europeus.

O investimento no Brasil é mais limitado, assim restringindo as contratações de peso, e direcionando a formação de jogadores de base para futuras vendas, equilibrando o caixa dos times formadores. Na Europa é o centro de captação, os clubes investem em possíveis talentos jovens de fora do país. Seguindo dentro do seu plantel a visão é diferente, é dar experiência, seja com empréstimos ou jogando em categoria inferiores até chegar o período de maturação.

A estrutura é outro pilar, na Europa existem centros de treinamento modernos e luxuosos, com equipamentos de última geração, a utilização tecnológica está presente desde os meios de avaliações em suas categorias de base, equipe profissional, treinamentos individuais e coletivos, departamento médico com equipamentos de primeira linha, meios de transporte, acomodação, situação que se pode encontrar até em equipes de segundo e terceiro escalão do velho continente. No Brasil a situação muda completamente, enquanto alguns clubes conseguem ter uma estrutura adequada, outros tem grandes limitações, isso é bem visível na elite do campeonato Brasileiro da série A.

Mas durante uma final entre um clube Brasileiro e Europeu não é um resultado em apenas 90 minutos ou 120 minutos contando a etapa complementar, mas por trás de cada clube existe um trabalho extenso, de médio a longo prazo, não está em jogo apenas uma partida de futebol, mas difere um abismo de estrutura, conceitos aplicados a tática e modelo de jogo, investimentos financeiros significativos com grandes patrocinadores máster, a cultura, mobilidade , CT’S, metodologia, análise de mercado, análise nos treinamentos, a gestão administrativa, a formação de profissionais para os cargos de diretoria, esse conjunto de opções aumentam a possibilidade do sucesso, mas o caminho é árduo.

O desenvolvimento do país conta muito, sabemos que os resultados surgem a partir dos princípios básicos de vivência, economia, rentabilidade entre outras questões, todas essas condicionais variáveis faz com que a tanta diferença no futebol da Europa com o do Brasil e o restante do mundo.